quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

as sete chaves












domingo

a semana
aqui começa.

de puro tédio
eu quase findo.

(página em branco:
desenho letras, grafo símbolos)

segunda

passou finalmente
o domingo.

essa é a esperança rotunda
do dia.

(outra página aberta
a espera da poesia...)

terça

o equilíbrio
se pondera:

arrisco um passo...

(começo a preencher o espaço:
arrisco um verso...)

quarta

o meio
fora do fim.

que a falta
se aparta de mim!

(o verso se desfaz...
nenhuma sílaba me satisfaz!)

quinta

intermédio temporal.

pinta no céu
um vislumbre.

(surge a lua
brilhante

ponte de versos
as palavras se insinuam.)

sexta

correm as horas
satisfeitas...

nenhuma noite
é como essa!

(alicio metáforas sem pecado.

um poema nasce
ao meu lado.)

sábado

o dia mais esperado.

dia de festa
de sexo e poesia.

(o poema enfim
transmutado:

no céu
um orgasmo de estrelas!)

Um comentário:

  1. Ahhh sete chaves guardadas... Se desse poeta sois tédio, sois intermédio expresso, sois as chaves do pecado, instigantemente esperado...!

    Como traspassa essa gama, pela tela me derrete, e faz dessa falta, metrica-mente a mente que pede!

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